Jardim Botânico José do Canto

Sumário

Este jardim privado inserido no ambiente urbano de Ponta Delgada revela os esforços de aclimatação e de colecionismo botânico do seu criador, José do Canto (1820-1898). O Jardim Botânico José do Canto oferece alguns dos mais belos espécimes arboreos dos jardins açorianos. Nos últimos anos, melhorias e restauros feitas atuais propiretários permitiram que a propriedade recuperasse seu prestígio. Para uma experiência mais intima com o jardim, existe uma residencial.

Morada:

Rua José do Canto 9, 9500-076 Ponta Delgada

Email:

casadojardim@josedocanto.com

Website:

http://www.josedocanto.com/

Telefone:

296650310

Mapa

História

1842

José do Canto (1820-1898) casa com Maria Guilhermina Taveira de Neiva Brum da Silveira (1826-1887), herdeira dos terrenos vinculares dos Frias, no lugar de Santana, onde iria nascer o novo jardim.

1845

Projeto de David Mocatta (1806-1882) para Santana. Ao cimo do Beco do Frias projeta a construção de uma mansão, rodeada por um jardim de flores, estufa para plantas ornamentais, hortas, pomares e um extenso arboreto.

1845

Inicio de um intenso período de plantações no jardim dirigidas pelo jardineiro inglês George Brown (1813- 1881).

1850

O jardineiro escocês Peter Wallace (1820-?), que havia estagiado em Chatsworth com Joseph Paxton, é contratado por José do Canto para dirigir o jardim.

1859

Henry Femull (ou Fennell), jardineiro-chefe de José do Canto entre 1857 e 1860, é responsável pela instalação do roseiral.

1861

No Verão desse ano o jardim é visitado pelo príncipe Jerónimo napoleão, (1822-1891) e sua mulher a Princesa Clotilde, filha do Rei Victorio Emanuel I de Itália, (irmã de d. Maria Pia, Rainha de Portugal).

1864

O arquitecto francês Brice desenha o projecto para o chalé que José do Canto acabaria por reservar para sua residência, situando-o na zona norte do jardim.

1866

Edmond Goëze, um reputado botânico alemão, diretor do Jardim Botânico de Coimbra, visita S. Miguel para recolher donativos de plantas destinados à nova estufa de Coimbra. Em Santana recolhe mais de 900 exemplares.

1879

O jardim é visitado pelo célebre oceanógrafo príncipe Alberto I do Mónaco que dele diz em carta ao pai: «J’ai visité de merveilleux jardins, de beaucoup les plus beaux que j’aie jamais vus».

1898

Morte José do Canto na sua casa do Calço da Má Cara. O jardim entra num longo processo de partilhas, sendo dividido em duas frações desiguais: a parte norte, onde se encontrava a casa habitada por José do Canto e toda a restante área do jardim, a Sul.

1937

O jardim entra na posse de Maria da Graça Hintze Ribeiro Jardim (1906-2001), casada em 1938 com Augusto de Athayde Corte Real Soares de Albergaria (1912-1965).

1940

Inicia-se a construção do palacete em estilo neopaladiano. É uma das últimas construções em alvenaria de pedra com cantarias de basalto, concebida e executada por mestres-de-obras segundo as técnicas tradicionais.

1950

Erguida no lugar do antigo solar dos Frias, a estátua de corpo inteiro que homenageia José do canto, da autoria do escultor micaelense Francisco Xavier da costa.

1972

São retomadas as obras na residência inacabada e a recuperação do jardim, por iniciativa de Augusto de Athayde (1942-2014).

1995

O jardim, a casa e a estufa são incluídos na lista do património cultural,como iiP. (Resolução n.º 144/95, 10 de Agosto).

2009

Constituição de uma fundação para a gestão do Palácio e Jardim José do canto.

2014

É lançado o projeto de recuperação do Jardim José do Canto, da responsabilidade de Raimundo Quintal, envolvendo a identificação da flora, recuperação de amplas áreas do jardim, planos de plantação, e programas de formação e educação ambiental.